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Mostrando postagens de junho, 2019

Três leituras estéticas de Pokémon

A CRIAÇÃO ENQUANTO IDEAL REPRESENTATIVO DA LINGUAGEM  PRIMEIRA LEITURA ESTÉTICA DE POKÉMON No início, nada. Um vazio cósmico, inexistente, eterno e pleno em si. Então, faz-se existir. A gênese do universo, ou da realidade como nós a entendemos, é um mistério há muito formulado por nossa vã filosofia. Em termos teológicos, o berço do existir é uma relação íntima com o surgimento da vida racional. Mitologicamente, as divindades se originam por conta da necessidade humana de se sentir representada em algo além de sua compreensão. Apenas com Descartes, após a tradição aristotélica de correspondência metafísica, Deus se torna o Logos universal, a origem e a causa da razão. O propósito humano passa de uma subserviência tosca e covarde perante o absoluto e evoca um ideal de razão. Existe-se porque se pensa, e pensa-se por existir. No universo fictício vasto de Pokémon, criação de Satoshi Tajira, tangencia a problemática filosófica pela representação de Arceus, uma lendária cr