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Mostrando postagens de fevereiro, 2019

A Vida na República de Platão

O filósofo grego Platão é, sem sombra de dúvidas, um dos maiores e mais importantes pensadores da antiguidade, e uma das maiores influências da história da filosofia. E é em sua obra República que o autor expressa a maior parte de seu pensamento, ilustrando sua concepção de realidade a partir da criação de um Estado utópico. Dessa forma, compara o funcionamento do Estado com o comportamento dos indivíduos. Aqui desejo realizar algumas suposições caso o Estado fosse implementado, analisando com um olhar contemporâneo e mais amplo do que poderia ser realizado à época. Em outras palavras, vamos descrever como seria a vida dentro da República, enquanto analisamos a obra de Platão e entendemos um pouco mais de seu pensamento. Parte I – A divisão social No Estado descrito por Platão, existe uma estratificação social, dividindo os indivíduos em três classes, dependendo de seus interesses e suas aptidões, conforme a Alma se manifesta. Assim sendo, existe a classe mais abrangente, a

O controle de massas pela ignorância

Há diferentes formas pelas quais um autor pode se expressar na literatura. O gênero fantástico, com suas incontáveis vertentes, estabelece uma realidade absurda, seja ela futurista ou mística, improvável ou verossímil, complexa ou simples, de modo com que um problema possa ser abordado de forma mais criativa, dinâmica e elucidativa. Nesse contexto, as distopias foram formadas a partir da percepção política e social de certos autores em relação ao seu tempo, em que governos tiranos cerceiam as liberdades individuais, questionar já não é mais permitido, a a vida se torna fútil e patética. Dentre a vastidão de obras que se apoiam nesse princípio, três clássicos da literatura não apenas definem o gênero como também estabelecem uma série de correlações entre eles, criando uma vasta e complexa crítica à sociedade de nossos tempos. Da esquerda para a direita, Aldous Huxley, Ray Bradbury e George Orwell, respectivamente autores de "Admirável Mundo Novo", Fahrenheit 451" e &q

A Lenda do Solitário Herói

Com o anúncio do remake de "The Legend of Zelda - Link's Awkening", na última semana, me vi refletindo a cerca da história da franquia, lembrando dos jogos lançados desde 1986, que tecem uma gloriosa narrativa, envolvente e profunda. Após relativa reflexão, recordei-me de algumas ideias tiradas das longas horas que passei desfrutando nas pradarias selvagens de Hyrule, e percebi o quão profunda uma experiência com os jogos de Shigeru Miyamoto podem ser. Nesse sentido, escolhi compartilhar algumas dessas reflexões por aqui, alçando um entendimento maior e mais amplo dessa bela obra. O Herói Solitário Após o terrível demônio Ganon sequestrar a princesa de Hyrule, Zelda, cabe a Link, o grande herói da profecia, resgatá-la das garras do vilão e fazer a paz retornar ao reino. Para tal, entretanto, o herói deve encontrar a Triforce, de onde emana o poder dos deuses. Essa é a sinopse do primeiro "The Legend of Zelda", lançado em 1986 para NES. No jogo control